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Crônica de uma brinquedista

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mais um dia de visita à Brinquedoteca Indianópolis vai acontecer. O ambiente já está preparado e pronto para receber as crianças.

Escuto o barulho do ônibus. Meus amigos do brincar chegaram. Caminho em direção ao portão para auxiliar na entrada das crianças. É o meu primeiro Contato com Eles.

Antes de brincar, faço a minha apresentação e fazemos um “combinado” para posteriormente guardarmos os brinquedos. Começo com um “olá”, quase ninguém se manifesta. Então pergunto:
- Quem quer brincar?

Aí sim, ouço vários “eu”, acompanhados de bracinhos levantados. Nesse momento percebo que estamos falando a mesma linguagem.

Começam a brincar e eu acompanho só observando, doidinha para juntar as crianças e fazer alguma atividade dirigida .Paro e lembro do que aprendi no curso sobre o brincar livre e o perfil da brinquedista e esqueço o meu lado professora. Continuo querendo brincar.

Nesse momento, para minha felicidade, um menino me diz:
- Tia, quer jogar?

Já sentando, eu pergunto quem começará e começo a distribuir as peças. Antes que eu continuasse, ele segurou a minha mão e disse:
- Não é você que dá, sou eu!

Novamente me recordo do curso “Na brinquedoteca os papéis são trocados, o centro das atenções é a criança; a brinquedista é a ouvinte”. Ele ganhou a partida e eu ganhei um amigo.

Logo depois, dirijo-me ao parque. No meio do caminho, uma linda menina me indaga:
- Tia, me ajuda a vestir a fantasia da Cinderela?

E eu de imediato respondo:
- Claro Cinderela!!!

Ela sorri. Aproveito a oportunidade e coloco uma peruca vermelha e uns adereços. Olho para ela e digo:
- Oi Cinderela, eu sou a princesa, vamos brincar?

Ela me olha por inteiro, um olhar reprovador e diz:
- Você não pode ser princesa, porque você é gorda!

Ajoelho, olho dentro dos olhos dela e digo:
- Mas como não? Se meu pai é rei, eu sou princesa.

Ela levantou os olhos, para o lado esquerdo (pensando) e respondeu:
- Tá bom, mas depois você vai ter que “esmagrecer”.

Eu sigo com meu pensamento “as crianças fazem parte da sociedade que tem como padrão de beleza a magreza e crescem priorizando esses valores, levando muitas vezes uma vida de frustrações por não estarem enquadradas nesse padrão ou por não acharem que estão”.

Ao chegar no parque um menino pequeno está sentado sozinho, brincando com um carrinho sobre a mesa. Eu sento em frente a ele sem falar nada. O menino me olha ressabiado e eu dou uma piscada de olhos. Ele levanta e sai. Penso em voz alta “isso que eu chamo de contato visual, mal sucedido”.

Nesse momento, uma menina grita da balança:
- Tia, me empurra!?

Eu me posiciono e começo a empurrar a balança. Vai e vem, vai e vem, num balanço sincronizado. De repente me deu vontade e comecei a cantar uma música. Ouço a voz – não tão terna – pedindo a mim:
- Dá pra você parar de cantar?

Era a menina que me pedira para balançá-la. E eu com uma imensa vontade de rir, em silêncio concedo seu pedido, acenando positivamente com a cabeça.

Está na hora do lanche, estendo a toalha xadrez no chão para fazermos um piquenique.

As crianças ficam surpresas e falam:
- Que legal, um piquenique!

Lancham rapidamente para continuarem a brincar.

A brincadeira recomeça. Volto a caminhar pela brinquedoteca. Dois meninos passam com revólveres feitos de lego. Um deles olha pra mim e faz pá, pá, pá... Mais uma vez o curso vem a minha mente “na brinquedoteca não deve haver armas de brinquedo; no entanto, se a criança pegar um brinquedo e usá-lo como arma, não podemos privá-la, pois há uma necessidade dela vivenciar tal situação por viver alguma situação parecida, por simples curiosidade ou para entender uma situação qualquer. Enfim, é preciso deixá-la suprir tal necessidade". Sendo assim, eu “morri”.

É chegada a hora do “desbrincar”. Ao seu modo, todos colaboram com a arrumação dos brinquedos. A professora reúne a turma na entrada e eu começo a carimbar a mãozinha de cada um deles para que levem uma recordação da brinquedoteca.

O ônibus chega. É hora de ir embora. Da porta, despeço-me deles e cada mãozinha retribui ao meu aceno, eles partem, mas fica a sensação do dever cumprido. Agora é só esperar pela próxima visita...

Dora Amorim


Escrevi esse texto baseado em algumas vivências(em dias diferentes) que tive com as visitas escolares. Para saber informações do curso de organização de brinquedotecas e formação de brinquedistas clique aqui.


De baixo para cima: Paulinha, Dora e Grace

Compartilhamos momentos divertidos, cada uma seguiu seu rumo, mas a alma de brinquedista permance viva em cada uma de nós.

Saudades amigas!




Brincar de faz-de-conta

Eu lecionava numa creche para uma turma de mini grupo (crianças de 3 anos), nessa faixa etária eles têm muita facilidade de brincar de faz-de-conta, eles participam ativamente da brincadeira, levando a sério. Eu disse a eles que iríamos brincar de uma coisa bem legal, mostrei o que seria nosso "barco" pedi para que entrassem no nosso "barco" para um passeio bem legal na "floresta" todos a postos começamos nosso "passeio de barco"

- Olha o sapo cururu (eu apontava fingindo que havia um sapo) eles faziam tchau, diziam oi...
-Xi, eu acho que vai chover (olhava pra cima, eles olhavam também e com medo de acabar a brincadeira diziam que não ia não )
- Ahhh, saiu o Sol (Todos felizes!)

E por aí foi o nosso "passeio", num determinado momento, eu disse:
- Já está ficando tarde é hora de ir embora, vamos "remar "(e eles imitavam o movimento de remar)

Eu peço silêncio para eles porque eu ouvi um "barulho estranho na floresta" (eles ficam com os olhinhos arregalados)
Com cara de "assustada" eu digo :
- É um "jacaré", vamos " remar" rápido, vamos!

Neste momento o Matheus(remando rápido como se tivesse fugindo do jacaré diz ao amigo que estava a sua frente "remando mais devagar"
- VAI CAGAIO!!!

Cubos de Encaixe


Fabricante: Simque
Número de Jogadores: a partir de 1
Idade Aproximada: 1 ano
Tipo: Brinquedo Pedagógico
Período: Período Sensório Motor
Área de Desenvolvimento: Percepção Visual, estrutura tempo-espacial
Atividade Principal: Encaixar
Outras atividades: Discriminar tamanhos, brincar, pôr, tirar, manipular, encaixar
Área de Prog. Escolar: Estimulação sensorial

*Sistema de classificação de Jogos, Brinquedos e Materiais Pedagógicos N.C. (Nylse Cunha)












DICA: Se a criança estiver com dificuldade para encaixar os cubos, dê a ela menos blocos e conforme ela vai conseguindo você vai dando os outros.

Nove maneiras para ajudar uma criança a ler

  1. Leia em Voz Alta, para seu filho diariamente. Do nascimento até os seis meses, ele provávelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas tudo bem assim mesmo. A idéia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em Livros.
  2. Para começar, use Livros Ilustrados sem textos ou com bem poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar a criança coisas que mais tarde vão ajudá-la a aprender a ler. Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem - que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita.
  3. Conte Histórias. Encoraje sua criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer em seguida conforme for contando a história, com os personagens ou coisas da trama. Aponte para as coisas no livro que ela possa associar com o seu dia a dia. "Veja este desenho de macaco. Você lembra do macaco que vimos no Circo?"
  4. Procure por Programas de Leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais, na sua comunidade ou cidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho, e também pessoas voluntárias que na maioria dos centros comunitários ou outras instituições estão disponíveis e gostam de fazer isso.
  5. Compre um Dicionário Infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então comece a desenvolver o hábito de brincando com a criança, provocá-la dizendo frases tais como: "Vamos descobrir o que isto significa?"
  6. Faça com que Materiais de Escrever, tais como lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas, etc, estejam sempre disponíveis e a vista de todos.
  7. Procure assistir programas Educativos na TV e Vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.
  8. Visite com freqüência uma Biblioteca. Começe fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros. Muitas bibliotecas permitem que crianças tenham seus próprios cartões personalizados com seu nome impresso, caso ela queira, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.
  9. Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho.
Fonte:U.S. Department of Education/Helping Your Child Get Ready For School series
Tradução: Ester de Cartago, para o Site de Dicas.

Cyberbulling é crime

domingo, 5 de dezembro de 2010

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